domingo, 25 de agosto de 2013

Uma Homenagem a Artista Mexicana Frida Khalo



Por Ernesto Simões
A sua vida me emociona, uma mulher fora do comum, além do seu tempo. Sua trajetória vence ao pré estabelecido e com um caminho norteado de intempérios fez da sua arte a forma de comunicar seu próprio ser. Para mim Frida não fez parte de nenhum movimento artístico ou estilo estebelecido, ela representou de forma pessoal seu próprio universo, as vezes através de símbolos que claramente expressam sua vivência e o próprio conhecimento que tinha sobre si e fez da arte seu grande aliado para comunicar seus sentimentos e sua forte emoção.




Dizia ela :
“Pensaram que eu era surrealista, mas nunca fui. Nunca pintei sonhos, só pintei minha própria realidade”
“Pinto a mim mesmo porque sou sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor”.

"Eu sou a desintegração"
"Pés, para que te quero, se tenho asas para voar?"
Nos seus quadros além de sua representação física, retratava as  suas angustias, experiências e cosmovisão.

Estes são os grandes artistas que através das suas obras revelam sua identidade e Magdalena Frieda KahloY Calderón foi a mais conhecida pintora mexicana e considerada por alguns a pintora do século XX, nascida em 6 de julho de 1907, em Coyoacan, onde viveu até sua morte, em 13 de julho de 1954.
Foi casada com o famoso pintor e muralista mexicano Diego Rivera, entre 1929 a 1954. Foi um casal de artistas que se destacaram, não só pelos trabalhos, mas pelas personalidades e uma relação explosiva de paixão e bastante tumultuada, resumida por inúmeras traições de ambas as partes.


Seus pais, Guillermo Kahlo e Matilde Gonzalez y Calderón Wilhelm Kahlo. A própria Frida afirmava que seu pai era de ascendência judaico-húngara, mas pesquisadores demonstraram que  era luterano alemão. A sua mãe era católica, de origem indígena e espanhola. Embora o casamento tenha sido muito infeliz, Guillermo e Matilde tiveram quatro filhas, sendo Frida a terceira. Durante a maior parte de sua vida, ela  se manteve próxima ao pai.
Sua vida sempre foi marcada por grandes e dolorosos acontecimentos e em 1913, com seis anos, Frida contraiu poliomielite, a primeira de uma série de doenças, acidentes, lesões e operações que sofreu ao longo do seu percurso. A poliomielite deixou uma lesão no seu pé direito, pelo que ganhou o apelido de Frida perna de pau. Passou a usar calças, depois longas e exóticas saias, que se tornaram uma de suas marcas pessoais.


Sua trajetória artística.
Ao contrário de muitos artistas, Kahlo não começou a pintar cedo, não estava particularmente interessada na arte como uma carreira. Entre 1922 e 1925 frequenta as aulas de desenho e modelagem na Escola Nacional Preparatória do Distrito Federal do México e em 1925, aos 18 anos, aprende a técnica da gravura com Fernando Fernandez. 
Então sofreu um grave acidente. o bonde, no qual viajava, chocou-se com um trem. O pára-choque de um dos veículos perfurou-lhe as costas, atravessou sua pélvis e saiu pela vagina, causando uma grave hemorragia. Por isso ficou muitos meses entre a vida e a morte no hospital. Teve que operar diversas partes e reconstruir por inteiro seu corpo, que estava todo perfurado. Tal acidente obrigou-a a usar coletes ortopédicos de diversos materiais. Durante a sua longa convalescença, começou a pintar, usando a caixa de tintas de seu pai e um cavalete adaptado à cama.

Em 1928, entrou no Partido comunista mexicano e conheceu o muralista Diego Rivera, com quem se casa no ano seguinte. Sob a influência da obra do marido, adotou o emprego de zonas de cor amplas e simples, num estilo propositadamente reconhecido como ingênuo. Procurou na sua arte afirmar a identidade nacional mexicana, por isso adotava com muita frequência temas do folclore e da arte popular do México.
Entre 1930 e 1933 passa a maior parte do tempo em Nova Iorque e Detroit, com Rivera.
Em 1938 André Breton qualifica sua obra de surrealista em um ensaio que escreveu para a exposição de Kahlo na galeria Julien Levy de Nova Iorque. Não obstante, ela mesma declarou mais tarde: Pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade.
Em 1939 expõe em Paris na galeria Renón et Colle. A partir de 1943 da aulas na escola La Esmeralda, no D.F. (México).
Em 1953 a Galeria de Arte Contemporânea desta mesma cidade organiza uma importante exposição em sua honra.
Alguns de seus primeiros trabalhos incluem o Auto-retrato em um vestido de veludo (1926), Retrato de Miguel N. Lira (1927), Retrato de Alicia Galant (1927) e Retrato de minha irmã Cristina(1928).








Vida Pessoal

Frida Kahlo e Diego Rivera
Casa-se aos 22 anos com Diego Rivera, em 1929, um casamento tumultuado, visto que ambos tinham temperamentos fortes e casos extraconjugais. Kahlo, era bissexual e teve um caso com Leon Trotski, depois de separar-se de Diego, que aceitava abertamente os relacionamentos de Kahlo com mulheres, mesmo eles sendo casados, mas não aceitava os casos da esposa com homens.
Frida descobriu que Rivera mantinha um relacionamento com sua irmã mais nova, Cristina, há muitos anos, o que a revoltou. Ela os flagrou na cama e num ato de fúria corta todo o seu cabelo, que era bem grande, pois como seu amor era tão grande por ele e com raiva, não conseguiu se vingar nele e sim atacando a  si mesma.
Sua irmã teve 6 filhos com seu ex-marido e Frida nunca a perdoou. Após essa outra tragédia de sua vida, separa-se dele e vive amores com homens e mulheres, mas em 1940 unem-se novamente, e este segundo casamento foi tão tempestuoso quanto o primeiro, marcado por brigas violentas. Uma curiosidade é que ao voltar para o marido, ela construiu uma casa igual a dele do lado da que eles tinham vivido. Essa casa era ligada por uma ponte e eles viviam como marido e mulher mas sem morarem juntos de novo, e se encontravam ou na casa dela ou na dele nas madrugadas. Durante o casamento, embora tenha engravidado mais de uma vez, nunca teve filhos, pois o acidente que a perfurou toda, comprometeu seu útero e deixou graves sequelas, que a impossibilitaram de levar uma gestação até o final, tendo tido diversos abortos.
Tentou diversas vezes o suicídio, devido sua vida extremamente infeliz, sempre era traída pelo marido, viviam brigando, mas nunca   se separou  de vez dele, e também queria poder dar -lhe um filho, porém,  nunca conseguiu. Mantinha seus casos extra casamento mas sentia na verdade,  falta  dele, e tinha que suportar  as traições pois Diego tinha muitas amantes, as quais criavam  confusão com ela por causa dele.
Frida Kahlo em 13 de julho de 1954 contraiu  uma forte pneumonia e  foi encontrada morta. Seu atestado de óbito registra  embolia  como a causa da morte. Mas não se descarta que ela tenha morrido de overdose, devido ao grande número de remédios que tomava, que pode ter sido acidental ou não. A última anotação em seu diário, que diz "Espero que minha partida seja feliz, e espero nunca mais regressar - Frida", fato este que sugere a hipótese de suicídio.
Pesquisadores com base na autópsia de Frida acreditam que ela pode ter sido envenenada por uma das amantes de seu marido, que tinham raiva dela por ela ser a esposa.
Diego Rivera descreveu em sua auto-biografia que o dia da morte de Frida foi o mais trágico de sua vida.

A Casa Azul


Quando a conhecemos descobrimos a relação intensa entre Frida, seu trabalho e sua casa. Seu universo criativo está na Casa Azul, local onde nasceu e morreu. Embora casada com Diego Rivera viveu em diferentes lugares na Cidade do México e no exterior, porém, sempre voltou para sua casa em Coyoacán. Localizado em um dos mais antigos e belos bairros do México, a Casa Azul foi transformada em museu, 4 anos depois de sua morte e hoje é um dos locais mais visitados na Cidade do México.



sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Ana Maria Brito Arantes, uma Conceituada Artista e Grande Mulher.




Por Ernesto Simões

Incondicionalmente neste meu blog tenho total liberdade de escolher os temas que considero relevantes e que a mim despertam  interesse. Hoje me privilegio em fazer aquilo que gosto e quando assim Deus me permite realizar.

Pedi permissão e com sua delicadeza e simpatia fui positivado por Ana Maria Brito Arantes a expressar a minha  admiração e explanar sobre sua vida e trajetória artística, rica em experiências e que nos oferece em seu conteúdo, uma grande lição. 

FOTO BY LITA CERQUEIRA -RIO DE JANEIRO -1987
 NO ANIVERSÁRIO DE CAZUZA

Somos da mesma geração pois nasci em 1956 e como tal acompanho a posição da mulher e seu espaço num mundo e sociedade preponderantemente machista e desta forma o sexo mistificado como frágil e sempre colocado numa postura  de submissão se revela através de sua pessoa desmistificado e por isso exalto esta mulher que com muita personalidade, garra e destemor, trilhou seus caminhos com determinação e desta forma construiu sua vida, trajetória, e profissão e assim, mais que sucesso, obteve plena realização.
Por tudo isso falar desta pessoa e artista é para mim um imenso prazer, sua vida sempre foi norteada de grandes decisões, crendo em si e trilhando seus caminhos numa constante evolução.




Aninha como é chamada pelos íntimos é escorpiana, nasceu no dia 11 de novembro de 1953, na cidade de Paulo Faria, São Paulo e seus pais Amoacyr Arantes Pires e Irany Brito Arantes, fazendeiros, com raízes fincadas nesta cidade, permitiram à sua filha desde cedo, trilhar seus caminhos e assim ela fez e cumpriu brilhantemente. Das muitas amizades construídas e familiares em São José do Rio Preto, onde  estudou  da quinta série até o término do segundo grau, formando-se para professora primária, cidade que até hoje, conserva estes laços afetivos. Muito jovem foi para Cidade de São Paulo, fez cursinho  universitário e cursou o primeiro ano da faculdade de Letras Tibiriçá, abandonando. Posteriormente estudou arquitetura em Mogi das Cruzes, curso que completou, porém  o diploma nem pegou. Desta forma sempre na busca de realização seguiu sua   trajetória, se direcionando na carreira artística, da fotografia à televisão e cinema além de várias outras incursões, sendo um dos nomes e pessoas mais respeitadas e queridas neste universo artístico.




Em 1972 Ana, com 19 anos, num feriado prolongado, visitou seus pais, na Fazenda, em Paulo Faria e logo aproveitou para rever amigos e  parentes em São José do Rio Preto, e numa reunião informal na Casa de Cultura se encontrou com Gilberto Gil que estava realizando show na cidade e deste prazeroso contato, se torna também no futuro, amiga de amigos do cantor, os irmãos Augusto e Haroldo Campos e em 1973, de Caetano Veloso.
Caetano quando esteve  a fazer show em Rio Preto, procurou Aninha, por telefone indicado por Gil, e assim conheceram-se e são amigos até hoje.






Destas novas amizades, sua inserção no contexto musical e cultural de São Paulo, onde residiu enquanto estudava, se ampliou cada vez mais, fazendo crescer definitivamente o seu interesse pela fotografia. Como filha única, desde a infância foi fotografada por profissionais contratados pelo seu pai, de quem também ganhou sua primeira câmera quando ainda adolescente e desta forma a arte de fotografar passou a ser uma das suas grandes paixões, pois ao revelar sua primeira foto, se encantou, despertando ainda mais sua vocação.





Fez curso de Fotografia durante 3 anos na Escola Panamericana e Artes de São Paulo, revelando assim sua busca de emancipação e com grande determinação exerce seu primeiro trabalho como fotógrafa no Jornal da Tarde, desta cidade, o que a aproximou de um dos mentores do grupo de rock Barão Vermelho, Ezequiel Neves, pois como fotógrafa fazia coberturas de musicais preferencialmente de rock.





Desta forma a fotografia e o universo artístico já incorporados à sua vida, a fez decidir estudar nos Estados Unidos, para aprimorar-se e para isso tinha de captar verbas para concretizar mais um desejo de realização naquilo que fazia. Retornou à Rio Preto,
 montou um estúdio fotográfico com o amigo Leopoldo Micelli, onde realizaram mais de 300 fotos das famílias da cidade. Nesta ocasião realizaram duas exposições na Galeria Casa Grande e tiveram suas fotos publicadas no Jornal Dia e Noite, na coluna de Amaury Jr e no Jornal A Notícia , na coluna de Waldner Lui. 

Este seu fascínio pela fotografia foi que a impulsionou a cursar fotografia e iluminação na New York University,   mas logo abandona e se tornou correspondente internacional da revista Interview, quando foi morar em Los Angeles. Nesta cidade  dividiu o apartamento com seu amigo Gilberto Gil e a esposa Sandra, que lá residiam.
Em todo seu percurso até então, Aninha revelava além do seu  seu talento, inquietude, capacidade de decisão e convicção nas suas buscas.

De volta a São José do Rio Preto expôs no atelier de Liliana Cal, fotos impressas em Xerox colorido "Um olhar sob Nova York. Esta exposição foi também mostrada na Fotótica de São Paulo. Realizou na Sociedade dos Engenheiros de São José do Rio Preto a exposição "Swift – por mais um espaço cultural" com fotos sobre o prédio da Swift. Trabalhou no estúdio de Vânia Toledo, como assistente da fotógrafa e na produção de seu livro “Homens" juntamente com Antonio Bivar e Wesley Duke Lee. Para a gravadora Poligram fez as fotos de encarte do disco “Cores e Nomes" de Caetano Veloso.Realizou sua última exposição fotográfica no Rio Preto Automóvel Clube, de São José do Rio Preto, onde fotografou os associados da entidade.

A partir de então incursionou na televisão realizando vários trabalhos como assistente de novelas e direção, assim como fez trabalhos em grandes gravadoras, com famosos cantores  além  do teatro e cinema, assim como campanhas políticas. Em tudo Ana foi sempre bem sucedida com sua garra e talento.


Um resumo desta sua nova  trajetória :

  • A convite de Roberto Talma foi trabalhar na TV Bandeirantes, onde atuou como asssistente nas novelas: "Ninho das Serpentes, Braço de Ferro, e o Musical do Festival de Músicas de Águas Claras."
  • Transferiu-se junto com Roberto Talma para a Rede Globo do Rio de Janeiro, onde foi assistente da novela “Partido Alto" da autora Glória Perez.
  • Fez o curso de direção de atores, na escola de Wolf Maia. Trabalhou como assistente de direção da novela "Tititi" de Cassiano Gabus Mendes.
  • Foi assistente de direção do especial "Cida Gata Roqueira", de Euclides Marinho e Nelson Motta.
  • Engajou-se na campanha pelas Diretas Já.
  • No programa Fantástico, trabalhou na direção da apresentação dos musicais e depois realizou vários clipes para o programa, como diretora.
  • Dirigiu, juntamente com Roberto Talma: "Cazuza, uma prova de amor", onde atuou como diretora e roteirista.
  • No especial "Tim Maia" atuou como diretora.
  • No programa Mulher Noventa, de Daniel Filho dirigiu dois vídeo clips dentro do programa
  • No especial Chitão Zinho e Xororó contribuiu com o diretor Luiz Fernando de Carvalho como roteirista.
  • Nas oficinas da TV Glogo fez os seguintes cursos: Roteiro de cinema e TV; Direção para fotografia de vídeo e cinema; Edição e montagem.
  • Sua verdadeira escola foi os 15 anos que atuou ao lado do diretor de núcleo da TV Globo, Roberto Talma, um dos mais talentosos e competentes diretores de televisão da atualidade.
  • Trabalhou na campanha do então candidato ao governo do Paramá, Jaime Lerner, em que o candidato se saiu vitorioso.
  • Dirigiu e roteirizou o show “Viva Cazuza", na praça da Apoteose do Rio de Janeiro, cujo evento se transformou em vídeo e disco pela gravadora Poligram.


  • Na gravadora Poligram atuou realizando vários vídeo clipes para os artistas da gravadora. Trabalho que também exerceu na gravadora W.E.A.
  • No teatro foi assistente de direção da peça "Miss Banana" de Wolf Maia, que tinha no elenco a atriz Regina Duarte.
  • Foi asistente na peça “Estrela Dalva" de direção de Roberto Talma com a atriz Marília Pêra.
  • No cinema foi assistente de direção do filme "O Corpo", de José Antonio Garcia, que tinha como atores Marieta Severo, Antonio Fagundes e Cláudia Gimenes.
  • No SESC de São José do Rio Preto, criou junto com o artista plástico Araguai Garcia a instalação "Centro da Atenções", em uma feira cultural dos anos 90.
  • Ainda na TV Glogo, dirigiu a novela "De Corpo e Alma" de Glória Perez.
  • Durante três anos atuou como diretora do programa “Você Decide".
  • Criou e dirigiu as primeiras campanhas de prevenção contra a AIDS, para a sociedade Viva Cazuza, que foi exibida em todas as emissoras de TV do Brasil.
  • Dirigiu, roteirizou e iluminou vários comerciais em São José do Rio Preto para a fábrica de refrigerantes  Arco Íris.
  • Dirigiu, roteirizou e iluminou o show do cantor Orlando de Morais mo espaço cultural Aeroanta em São Paulo e também o show do cantor no teatro Ipanema do Rio de Janeiro.
  • Dirigiu, roteirizou e iluminou o show de Bebel Gilberto, na boate People no Rio de Janeiro.
  • Para a Globo Vídeos participou do grupo de criação do vídeo “O tempo não para" de Cazuza.
  • Foi assessora de secretaria de cultura de São José do Rio Preto, quando o secretário era o jornalista Waldner Lui.

O reconhecimento  desta grande artista , além dos resultados alcançados em todas as suas incursões, vem ser notabilizado com prêmios como o da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e o International Film and Television of New York.



Desta forma a sua  carreira está consolidada e o sucesso é conquistado, porém  em 1996, Ana sofre com hemorragias, e descobre um problema no útero, e com a cirurgia e biópsia,  detecta cancer  e com a retirada do orgão, não poderia mais ser mãe biológica. 

Mas o seu desejo falava mais forte, pois amor de mãe ultrapassa estes limites e mais uma vez demonstra determinação, se increvendo num programa de adoção.



A vida de Ana passa por grandes mudanças e agora nesta nova etapa, o sofrimento com a doença e uma grande realização proporcionará um  novo rumo à sua vida,  o momento de mais uma realização pessoal, como  mãe, iniciando assim um novo ciclo.









Ana Maria Brito Arantes com seus filhos: Vicente Brito Arantes  e Rita Brito Arantes

Esta parte de sua vida assim como toda sua história muito bem relatada, nestes textos a seguir por mim selecionados e  extraidos do artigo  de Michelle Berti: (http://www.diarioweb.com.br/noticias/corpo_noticia.asp?IdCategoria=203&IdNoticia=110616)


"....Ana se submete a uma segunda cirurgia, agora para a limpeza. É a fase mais difícil de sua vida. Ela engorda muito, tem depressão, síndome do pânico. Deixa a carreira no Rio e decide voltar para Rio Preto. Ela abre a porta de seu apartamento, no sétimo andar. Nem se importa com as correspondências que se acumulam em frente à porta. Ana quer apenas deitar, dormir, esquecer da vida. Mas o telefone, que parece sempre querer acordá-la, lhe traz, vinte anos depois de Caetano Veloso, uma nova surpresa...




"Ela reconhece do outro lado da linha, a voz da assistente social do programa de adoção.
"Tenho uma novidade boa, muito boa. Seu filho chegou, ou melhor dizendo, seus filhos. São gêmeos. Um menino e uma menina". "As palavras faltam na boca de Ana. O sentimento de tristeza salta para o de felicidade em um segundo, e no segundo seguinte transforma-se em desespero. Ela não tem uma mamadeira sequer em casa. Nem fraldas, nem berço, nem roupas de criança. Absolutamente nada. Também não tem nenhuma experiência materna, além das brincadeiras de boneca da infância. Atordoada, ela liga para um amigo.
- Vou com você buscar as crianças. E no caminho a gente compra um livro".
"Com seis dias de idade, chegam aos braços e à casa de Ana os bebês Rita e Vicente. Ela contrata uma enfermeira, e conta com a ajuda incondicional de Maria, que já trabalhava com ela anteriormente. A mudança repentina de vida é que ajuda Ana a se recuperar da depressão, o que leva mais de um ano. Depois de recuperada, a mãe de Ana é quem fica doente. Ela cuida da mãe, dos filhos, e pouco a pouco deixa de lado a carreira construída em São Paulo e no Rio de Janeiro. Mas o interesse pela arte e as amizades construídas ao longo da vida permanecem. Em 2005, a amiga Lucinha Araújo pede a Ana um documentário sobre a vida de seu filho Cazuza. Ela reúne as imagens, os depoimentos, os videoclipes. "
"O produto está pronto, mas não foi lançado devido a problemas com direitos de imagens. O próximo trabalho ela também já tem na cabeça".

-" Será um filme sobre um jornalista, que, desiludido com a vida em São Paulo, se muda para o interior. Ele fica encantado com a pequena cidade. Mas depois descobre que a vida ali é a mesma coisa: os políticos são corruptos da mesma forma, as pessoas são interesseiras. Enfim, são os mesmos problemas em um universo menor. Quem conhecer situações assim, enviem e-mail: ritili_kitty@hotmail.com. Não precisa se identificar se não quiser. Quero apenas conhecer histórias para construir os personagens". 

"Enquanto prepara o filme, Ana se divide entre a casa em Rio Preto e a fazenda em Paulo de Faria, que ela administra depois da morte dos pais. Os filhos, já com 11 anos, dão sinais ainda tímidos de que seguirão os passos da mãe. A menina, que ouve toda a entrevista, fica entre encantada e orgulhosa ao ouvir a história de Ana e vê-la retratada nos quadros e fotos que ela mantém em seu escritório. O menino é tímido, até receber em mãos uma máquina fotográfica. Por essas e outras, ao olhar para trás, ela garante que é feliz. O riso de Ana, solto, alto, daqueles de encher toda a sala, mostra que sim"


Minhas Conclusões :

Ana Maria Arantes além de uma artista super talentosa, sempre em busca de novos horizontes, foi uma mulher além do seu tempo, com toda uma realização pessoal e profissional que nos encanta e a faz hoje merecedora de toda admiração pelo exemplo de vida, como ela realmente deve ser vivida, intensamente, vencendo barreiras, obstáculos,   buscando ser feliz e sendo vitoriosa.  
Uma pessoa que o sucesso não a desestruturou, não a fez perder sua identidade, e nem se afastar dos laços construídos ao longo de sua vida, pois sempre  em todo seu percurso manteve uma linha de continuidade na relação com a cidade de São José do Rio Preto, para onde sempre, em vários momentos retornou e inclusive profisionalmente, mesmo depois de ter conquistado uma carreira sólida no âmbito Nacional e Internacional, nesta cidade trabalhos sempre realizou e em vários momentos morou. Coisa rara nos tempos de hoje e por isso se ainda não recebeu este reconhecimento, ressalto aqui  como Ana em sua história de vida eternizaou Rio Preto,  e isso a faz   digna de homenagem, não só pela grande personalidade do mundo artistico e cultural brasileiro, nascida em Paulo Faria mas filha de São José do Rio Preto, de Coração. Pois assim sempre fez em sua vida com suas amplas liberdades de escolha.
E esta ampla liberdade, aspecto marcante em sua trajetória e vida enfatiza e registra com sua postura a importância de permitir ao ser humano liberdade de escolha para trilhar sua vida e que esta seja sempre para uma constante evolução, crescimento e construção dos ideais.
Mais além que os aspectos profissionais Ana Maria Arantes mulher, mesmo impedida de realizar por motivos de saúde o sonho da maternidade,  no momento mais cruxial de sua vida, não desistiu e com coragem e por amor se desafiou e foi mais que mãe biológica,  mãe de verdade, pois assim adotou seus amados filhos e com dedicação os criou. Um exemplo de vida. 



Para finalizar  depoimentos de pessoas ligadas a Ana Maria Arantes:

Elvirinha Brito Gonçalves, que de forma afetiva fala de sua prima e afilhada:
"Sou prima e sua madrinha, filha de um irmão da mãe dela. Meu pai se chamava Elysio de Almeida Britto, casado com Josephina de Marco Britto, minha querida mãe... Sua mãe foi minha professora do primeiro ano de grupo escolar. Eu nasci em 1944 e ela 1953. Tomei conta dela quando ainda criança. Foi sempre uma linda criança, mocinha e adulta. Menina que vivia sempre um tempo à frente de tudo. Linda, inteligente, carinhosa, criativa, sociavel, culta (sua biblioteca é de fazer inveja para qualquer um; belíssima e com autores com edições esgotadas), viajada, enfim falar da Aninha é falar de poesias, prosas ...e ai vai...Amo essa menina de paixão. Sempre fomos bastante ligadas. A união da família contribui para isso. Como sou Crítica de Arte, a nossa linguagem fica mais fácil. Gostamos quase sempre das mesmas coisas!! O seu gosto é refinadíssimo e apurado. Sempre foi uma guerreira. Vive intensamente. Para ela não existe meio....INTEIRO É A REGRA!!!

Carmensita Brito Brito, irmã de Elvirinha e prima de Ana Maria Brito Arantes:

Prima querida! afetiva, generosa, inteligente, deixo aqui toda a minha admiração pela Aninha, que DEUS a proteja sempre! e um abraço e muito obrigada pela homenagem à essa criatura que amamos tanto!






Sites utilizados para pesquisa e obtenção de dados sobre a trajetória e vida de Ana Maria Brito Arantes para realização desta matéria, assim como documentação fotográfica:




domingo, 4 de agosto de 2013

Eliana Rulli, Artista Paulistana Contemporânea, Participa da Grande Exposição Coletiva INN OFF, em São Paulo

Por Ernesto Simões




- Circulos II (2009)
- 0,85 cm x 0,85cm, - Técnica Mista


A artista plástica e professora Eliana Rulli é natural de São Paulo, tendo formação acadêmica em Artes, desde o inicio de sua carreira  desenvolve trabalhos com forte abstração geométrica, com bastante rítmo, dinamismo, em composições onde as formas se destacam e direcionadas no espaço de forma harmoniosa, pela aplicação de elementos intelectuais com propriedade  e assim com conhecimento e sensibilidade transpõe para o suporte bidimensional sua  estética, sentimentos e visão de mundo com a técnica mista: colagem e píntura.  


- I. Som IV (2008)
- 0,45 cm x 0,45cm, - Técnica Mista




"Sou formada pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo, e meu trabalho vem disponibilizar as manchas envolvendo-as com formas geométricas, linhas e texturas. A Composição assimétrica tem a intenção de levar o observador a fruir as imagens sentindo-as, sobretudo, por intermédio dos sentidos, reconhecendo formas que levam a impressão de paisagens urbanas.
As imagens remetem à sensibilidade, não pretendendo copiar a realidade, porque o objeto artístico fala à imaginação, deixa ver/sentir o que poderia ser, porque a arte não existe para mostrar a realidade como ela é, mas como poderia ser. Sendo, portanto, simbólica.
Assim, a obra provida de múltiplas formas fará o fruidor sentir a subjetividade da obra e o movimento das formas, acrescidas de sentidos, que cada um transforma dentro de si mesmo por meio de sua experiência de vida.
Portanto, o que eu quero propor, como professora e artista plástica é estímulo da sensibilidade, da imaginação e da percepção das obras, apurando o gosto estético do público."


Homem Vitoriano (2009)
-0,80 x 0,75, -Técnica Mista






"Eu acredito na paisagem urbana "não feia" principalmente em São Paulo. Existem cantos nesta cidade, que apesar de cinzas, são muito bonitos, modernos e contemporâneos e por este motivo trabalho nestas imagens onde no suporte papel e na sensibilidade dos diferentes tipos de papeis que utilizo para compor a obra, procuro refletir a plasticidade que capto nas paisagens urbanas".







- S.S.P - II (2010)
- 0,75 cm x 0,65cm, - Mista



- Impressões (2011)
- 0,65 cm x 0,55cm, - Mista




-S.S.P.-IV (2013)
-0,75 X 0,65, - Mista


(2013),  Técnica Mista


 S.S.P- IV (2013)
- 0,75 cm x 0,65cm, Técnica Mista


A artista tem participado de várias exposições como mostra seu currículo:

  • 9ºMAC - Mostra de Arte e Cultura -"Contrastes: o cultural, o social e o político na educação - Palácio das Convenções no Anhembi "
  • Exposição Professor artista - Ed. Matarazzo - Viaduto do Chá, 15- SPs "
  • "Nos Jardins de Monet" - Prefeitura de Santo André- Espaço Sabina. "
  • Exposição Individual "Reconhecendo a Cidade de São Paulo"- Estação da Sé- METRO - SP "
  • Exposição Individual "Reconhecendo a Cidade de São Paulo"- Estação da República -METRO - SP "
  • Arte, Realidade Subjetiva" - Clube Pinheiros - SP "
  • "Os Três Olhares"- Exposição Individual - Galeria Mali Villas Boas"-SP. "
  • "II Salão de Inverno"- Galeria Mali Villas Boas SP "Prêmio do Público" "
  • Exposição "Arte para Frances Ver" - Metro - Estação Vila Madalena "
  • Exposição Reflexões Villa Lobos -SESI - Bauru - SP "
  • "IV Salão de Verão" - Galeria Mali Villas Boas - SP - Premio da "REVISTA CONSULTI" "
  • "PARTICIPAÇÃO DA ARTE LISBOA- Lisboa - Portuga "
  • "IV Exposição Nacional de Artes Plásticas " - Memorial da América Latina de SP. "
  • "II "Salão de Inverno da AASA" - premio Medalha de Prata - " geométrico II" "
  • "III Salão Internacional das Nações" no Parque do Ibirapuera em SP. Medalha de Bronze - "Círculo" "
  • "I Expo Sul Mineira"-prêmio Medalha de Prata com a obra "Velas"


Dia 06 de agosto de 2013, Eliana Rulli estará participando de mais uma exposição coletiva, a INN OFF, com outros nomes da artes  plásticas, na Casa da Fazenda Morumbi, mostra organizada pela Galeria de Arte e Escritório Galeria Mali Villas-Bôas  e o evento terá início às 20:00 h indo até às 22:00 h, permanecendo em exposição até 19 de agosto. Mais detalhes, vejam no Convite: